A nossa vindima começou naturalmente pela casta mais precoce - a Pinot Noir, colhida na segunda quinzena de Agosto em perfeito estado sanitário como atesta a foto. O vinho rosado pálido obtido, com aroma exuberante, acidez quanto baste e volume gustativo, promete dar continuidade ao nosso bem sucedido espumante Cum Jubilo Pinot Noir 2020, que conquistou tantos consumidores ilustrados. Seguiu-se a Tinta Barroca, que este ano produziu generosamente, sofrendo embora com as temperaturas excessivas do Verão. Mesmo assim, dá gosto ver cachos como o da figura. Os teores de açúcar moderados da Tinta Barroca são aceitáveis para os vinhos de base de espumante, com a habitual lotação com Pinot Noir. Os seus valores de acidez asseguram a frescura de um bom espumante. O trabalho de adega, sempre de feição artesanal, envolve quase toda a família, repetindo-se este ano a presença de familiares e amigos residentes no estrangeiro. E como as crianças adoram tudo isto! Vejam as expressões felizes da minha neta Maria Clara ( à direita ) e da amiguinha francesa Adriana testemunhando e participando na extracção do mosto. Na última vindima, em 19 de Setembro, colheram-se as uvas brancas da Casa da Caneira. Esta vinha, plantada em Março de 2021, tem aproximadamente, 45 % de Bical, 38 % de Cercial e 17 % de Sauvignon Blanc.
Com prensagem de uva inteira, sem adição de sulfuroso e sem clarificação do mosto (ele próprio já bastante límpido), a fermentação alcoólica, conduzida a 18º C, terminou e o aroma do vinho é francamente sedutor. Será, provavelmente, o sucessor do Curva da Chousa branco 2020, que esgotou há alguns meses.
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AutorA.Dias Cardoso HistóricoCategorias |